PI Brasil cria grupo de trabalho dedicado à Indústria 4.0
PI Brasil cria grupo de trabalho dedicado à Indústria 4.0
A Indústria 4.0 já acontece no setor industrial há bastante tempo, antes mesmo de elevá-lo a esse conceito. É um processo contínuo de aplicação de tecnologias focadas em aprimorar procedimentos, otimizar a produção e reduzir falhas, por meio de uma conexão eficiente entre sistemas físicos e virtuais.
Segundo André Petroff, diretor-presidente da PI Brasil, a utilização de redes de comunicação industrial no campo já está consolidada. No entanto, há gargalos para uma aplicação mais abrangente e, logo, para a conectividade da Indústria 4.0. Ele explica que a adoção de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 passa por várias etapas, entre elas a medição do nível de maturidade dos processos industriais, e o planejamento 'onde estou?’ e 'para onde vou?', acompanhado do cálculo de retorno sobre esse investimento (ROI) que, por sua vez, considera a priorização de implementação entre as diversas soluções disponíveis.
“Para ajudar o mercado na escolha correta do investimento, quanto à melhor conectividade, a Associação criou um grupo de trabalho que está desenvolvendo apresentações sobre como seus protocolos - PROFIBUS DP/PA, PROFINET, PROFISAFE, IO-Link, AS-Interface - estão correlacionados às tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, direta ou indiretamente. Para a redução do time to market, através de uma prototipagem com uso de ferramentas simuladoras de processos, por exemplo, o padrão PROFINET corresponde a essa solução. Em casos de variações de lote de produção ou até mesmo batch size one, o IO-Link permite diversificar parâmetros de sensores e dispositivos de campo, de acordo com as diferenças de produtos a serem fabricados”, acrescenta.
O grupo de trabalho de Indústria 4.0 a que Petroff se refere é formado por empresas associadas, que teve como referência o documento “Como Navegar na Digitalização do Setor Industrial”, criado pela consultoria McKinsey, para identificar os segmentos industriais onde há conexão entre as tecnologias da PI e a Indústria 4.0. A partir daí, já foram formatadas temáticas como ‘Maximizando e reaproveitando o uso dos ativos industriais’, Inventário e controle de processos de forma automática, e ‘Diagnóstico e acesso remoto’.
“Paralelamente ao grupo, a PI Brasil continua suas ações focadas nas integrações dos protocolos com os padrões OPC UA, TSN e 5G, observando também os aspectos relacionados à cybersegurança e compatibilidade com padrões de TI. E tudo isso mantendo a alta performance que atende hoje o mercado”, finaliza Petroff.