26 fev 2020

Treinamento com foco em necessidades específicas – base para o sucesso de implantação e manutenção de redes de dados em chão de fábrica

INTRODUÇÃO

As empresas brasileiras vêm se adequando de maneira estratégica no que tange aos treinamentos aplicáveis aos diversos níveis hierárquicos nas instituições.

A Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) divulgou em 2014, no trabalho intitulado “O retrato do treinamento no Brasil”, que organizações com muita dependência de equipamentos e processos produtivos integrados (construção civil, indústria eletrônica, farmacêutica, automotiva, transporte) investem 3,3% em treinamento e desenvolvimento, comparados à folha de pagamento (incluindo encargos sociais).

Em 2016, a ABTD divulgou que quanto maior o número de colaboradores da empresa, menor é o investimento individual em treinamento por colaborador. Os setores industrial e público investem, respectivamente 25% e 80% menos por colaborador que a média nacional. E neste contexto, os treinamentos técnicos são aqueles que se destacam dentro do universo pesquisado, conforme indicado na Tabela 1.

Em trabalho realizado no departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, em 2016, dentro de um universo amostral formado por empresas de grande porte (52%) e de médio porte (48%) do setor de alimentos e bebidas situadas no estado de São Paulo, 78% não têm aumentado ou têm aumentado pouco, ao longo dos últimos anos, o investimento em capacitação de seus funcionários. Isso indica o grau de sensibilização institucional quanto à oportunidade para melhorar o desempenho dos processos por meio de princípios estatísticos, amplamente utilizados nas técnicas de monitoramento da qualidade e processos de melhoria contínua.

 
CASO ESPECÍFICO

A experiência diária com nossos clientes, em sua maioria empresas de grande porte pertencentes aos ramos alimentício, automobilístico, cimenteiro, óleo & gás, saneamento, dentre outros, fez-nos perceber a enorme carência no que diz respeito ao preparo técnico das equipes de planejamento, desenvolvimento e manutenção nos assuntos voltados para as práticas de trabalho.

Recentemente, nos deparamos com o caso de uma empresa que possui um vasto parque instalado de instrumentos que comunicam em Profibus PA e cuja equipe de manutenção não se encontra preparada para realizar os trabalhos adequadamente. Soma-se a essa limitação, a constante terceirização dos serviços para novos projetos, englobando tecnologias Profibus e Profinet, sem o devido acompanhamento técnico por parte do cliente final.

O resultado de situações como esta são plantas cujo projeto finaliza entregando o sistema para uma equipe que não se sente segura para operá-lo ou mantê-lo operante por muitos anos. A insegurança gerada leva toda a equipe a duvidar de que o sistema execute o trabalho para o qual foi criado, passando então a utilizá-lo com pouca perspectiva de melhoria ou então, ignorando que cada processo deve ser explorado em seu máximo desempenho.

A solução para vencer tais dificuldades permeia os investimentos institucionais em capacitação e treinamento, voltado aos diversos níveis estratégicos da empresa, com acompanhamento de resultados e análise da efetividade, da aplicabilidade e da utilização contínua dos conhecimentos repassados durante os treinamentos.

Lamentavelmente, devido ao momento econômico do país, embora continue existindo o provisionamento de recursos para treinamento e desenvolvimento no planejamento anual das empresas, essas tendem a reduzir as verbas destinadas a T&D de suas equipes.

 
CONCLUSÕES

No cenário atual, a verba destinada a T&D sofrerá reduções. Porém, a busca por melhoria contínua nos processos produtivos, com foco em redução de custos e aumento da lucratividade global, mantém em destaque a necessidade de capacitação de pessoal.
 
A solução que a Automaton tem adotado nestes casos é a realização de treinamentos in company, altamente personalizados, focados nas configurações e ferramentas disponíveis no chão de fábrica bem como embasados em uma pré-avaliação das reais deficiências existentes na equipes de manutenção. Esta abordagem aumenta significativamente o retorno do investimento feito pois se ajusta ao diagnóstico previamente efetuado.


“O panorama do treinamento no Brasil”, ABTD / Integração, 2016 (www.abtd.com.br)
Tabela 1 – Treinamentos formais para não líderes.
 

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