Conheça, a seguir, as novas pastas e seus respectivos Diretores.
Diretoria de AS-i – Concebida, planejada e financiada por um consórcio de 11 empresas, a rede AS-i começou a ser desenvolvida em 1990. Em 1993 o projeto foi concluído e em 1994 a rede AS-i foi introduzida no mercado. “Nos dias de hoje, a rede AS-i é um protocolo aberto e possui uma associação que conta com mais de 350 membros certificados ao redor do mundo”, conta Bruno Lupetti, Engenheiro de Controle e Automação da Pepperl+Fuchs Brasil, e Diretor da Tecnologia AS-Interface da Associação.
Lupetti explica que, atualmente em sua versão 3.0, a rede AS-i disponibiliza 248 pontos de entradas digitais e 248 pontos de saídas digitais, totalizando 496 pontos de I/O em uma única rede, comunicando pelo característico cabo chato emborrachado (conector “vampiro”). Sinais analógicos de entrada e de saída também podem ser integrados na rede AS-i, ampliando aplicações em diversos setores da indústria para este tipo de tecnologia. Ele acrescenta que valores aproximados apontam mais de 30 milhões de nós instalados mundialmente e mais de cinco milhões de nós safety integrados ao conceito AS-Interface Safety at Work.
Enfatizar a divulgação dos conceitos e dos benefícios que a tecnologia pode trazer, bem como apresentar aplicações bem sucedidas mundialmente, são os pontos prioritários da Diretoria de AS-i. “Além disso, garantir que a tecnologia AS-i não seja vista como uma rede industrial concorrente das demais (Profibus, Profinet, etc.), mas sim como uma forma de ampliar a capacidade dos protocolos existentes, viabilizando a utilização de redes industriais para clientes de todos os portes e indústrias, por meio dos ganhos monetários: redução no cabeamento convencional e, consequentemente, na infraestrutura; menor número de horas desprendidas para realizar a instalação; diminuição do hardware (cartões I/O); possibilidade de integração de sinais convencionais e safety na mesma infraestrutura de cabeamento; informações de diagnóstico e prevenção de falhas que este tipo de tecnologia oferece; podendo concluir que o custo efetivo final do projeto de automação apresentará maior viabilidade econômica do que se a solução adotada fosse a convencional (ponto-a-ponto), uma vez que, com esses benefícios o tempo de comissionamento e o start-up se darão de forma mais eficaz”, conclui Lupetti.
Bruno Lupetti: Diretoria de AS-i.
Segundo ele, a segurança operacional dos sistemas de automação era tratada no passado como sistemas separados, à parte do controle. “Com a evolução das tecnologias de rede, tais como: Profibus, AS-i Bus e Profinet, houve uma convergência do controle com a segurança. Com essas redes de segurança, Safety Bus, podemos aplicar os conceitos de segurança operacional de forma transparente, usando uma mesma rede para as mesmas funções descritas”, explica.
Nesse sentido, a segurança de operadores, bem como a segurança de processos é prioridade hoje em projetos, seja por força de legislação ou de risco ambiental, ou até mesmo econômicos de toda ordem. “As redes Safety Bus permitiram atender a essa demanda, que é cada vez mais crescente, mas exige viabilidade na relação de segurança x custo. Essas redes são de investimentos menores do que sistemas específicos de segurança, tornando comuns o uso de protocolos de segurança PROFIsafe e AS-i Safe nas soluções que permitem a convergência do controle e segurança”, detalha Venturelli.
O Diretor destaca que o foco da Diretoria de Safety Bus é mostrar que o protocolo Profibus, AS-i Bus e Profinet são totalmente aderentes às soluções de segurança, permitindo o uso de controle juntamente com a segurança dos sistemas. Vale lembrar que a Associação Profibus promove conhecimentos gerais sobre o uso dos protocolos, com o perfil Safe, desde os conceitos de funcionamento, aplicações em geral, até a especificação de soluções para máquinas e processos, isso na forma de workshops, palestras, manuais e guias.
“O apelo da segurança em máquinas e processos é cada vez mais exigido, visto que a dinâmica da produção cresceu de forma exponencial ao longo dos anos, criando riscos que antes não existiam. A tecnologia evoluiu e hoje permite mitigar situações de riscos, implantar sistemas seguros com uma relação custo x benefício sem precedentes, fazendo com que as soluções em Profibus, AS-i Bus e Profinet sejam ótimas opções de mercado”, conclui Venturelli.
Márcio Venturelli: Diretoria de Safety Bus.
“O Profibus FMS, que possuía um nível bem complexo de integração e que foi finalizado em 1989, pois já exista uma demanda de uma facilidade de integração e, subsequentemente, em 1993, teve o surgimento do Profibus DP que é a solução high-speed do protocolo Profibus, que tem como foco a comunicação entre sistemas de automação e equipamentos descentralizados, onde podemos destacar o acesso de I/Os distribuídos. O Profibus PA é utilizado para automação de processo na comunicação dos instrumentos de campo, podendo ser utilizado também em áreas classificadas e possuindo a alimentação necessária para o instrumento no mesmo par de fios de comunicação com sistema de controle. Hoje quando falamos de comunicação Profibus, também nos lembramos da comunicação baseada no meio Ethernet, onde podemos citar o Profinet, que é uma das evoluções que o protocolo tem sofrido com tempo para se adaptar com as demandas do mercado”, ensina Fabrício Andrade, Gerente de produto responsável por vazão e soluções na Endress+Hauser, e Diretor de Profibus DP/PA da Associação.
O Diretor lembra que, atualmente, a rede Profibus é líder em aplicações no mundo. Em um levantamento apresentado pela Profibus International, o protocolo registrava mais de 50,9 milhões de instrumentos instalados até o final de 2014, sendo que nove milhões desses instrumentos estão em processos industriais. “Isso se deve por todas as facilidades que o protocolo oferece, como também ao grande trabalho realizado pela associação ao redor do mundo com o objetivo de promover o conhecimento para os usuários da tecnologia”, enfatiza Andrade.
Evolução da utilização da rede Profibus no mundo.
Fabrício Andrade: Diretoria de Profibus DP/PA.
Ele lembra que desde o seu anúncio na conferência de impressa da Associação Profibus International (PI) em agosto de 2000 até os dias atuais, o protocolo Profinet teve uma aceitação massiva no mercado industrial e uma rápida evolução tecnológica, fato esse facilmente comprovado através dos 10 milhões de dispositivos Profinet atualmente em uso em plantas e fábricas ao redor do mundo. E esse número não para de crescer!
“A vasta experiência da PI com o protocolo Profibus ao longo de 20 anos tornou possível o desenvolvimento de um protocolo de comunicação industrial aberto, rápido, confiável e flexível, ao mesmo tempo em que utiliza novos meios de comunicação e tecnologias baseados em redes Ethernet. Sendo totalmente compatível com as redes Ethernet, o protocolo Profinet proporcionou ao mercado industrial possibilidades tecnológicas inimagináveis se comparado às soluções tradicionais baseadas em redes seriais”, justifica Santos.
Ele acrescenta que, atualmente na versão 2.3, o protocolo Profinet é utilizando em diversos tipos de soluções, desde a simples troca de sinais de campo, passando por redes sem fio de longas distâncias, controle de sincronismo de eixos em máquinas de alta velocidade, sistemas de segurança pessoal e ambiental, assim como em plantas de processos industriais com altos requerimentos de disponibilidade e segurança.
“Sendo um protocolo de comunicação industrial desenvolvido para acompanhar o processo evolutivo das redes Ethernet, o Profinet está apto a se adaptar e ser utilizado com as novas tecnologias de rede, como por exemplo, a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) e servir como base para os novos processos produtivos baseados em Industry 4.0.”, enfatiza.
O Diretor detalha que estudos mercadológicos recentes apontam que o protocolo Profinet detém cerca de 30% do mercado de redes industriais baseadas no padrão Ethernet, colocando o Profinet como líder no segmento de redes de comunicação industrial deste tipo. “Considerando ainda os 50 milhões de dispositivos em uso sob o padrão Profibus e que a migração tecnológica destes dispositivos, quando necessária, é plenamente possível e prevista nas especificações do Profinet, chega-se a conclusão de que a fatia de mercado do Profinet continuará a crescer de forma exponencial”, prevê.
Santos está dirigindo a sua área na Associação em duas linhas de atuação. A primeira por meio da divulgação e do incentivo do uso do Profinet para segmentos que estudam a migração das redes seriais para redes padrão Ethernet. Isto através de workshops dedicados ao protocolo Profinet onde será apresentado de forma teórica e prática o modo de funcionamento do Profinet e seus reais benefícios e, também, pelo suporte aos grupos de trabalho da PI nas indústrias de processo e infraestrutura críticas (setor sucroalcooleiro, saneamento e geração de energia, por exemplo). Na versão atual, 2.3, o Profinet já possui especificações claras e direcionas a estes segmentos de mercado e os produtos de diversos fabricantes já estão sendo lançados no mercado. A segunda vertente é a divulgação e o incentivo de uso do Profinet para segmentos que já o utilizam de forma maciça, ou seja, desenvolvimento de máquinas modulares para fabricantes de máquinas seriais; integração das redes Profinet com os ambientes corporativos das empresas; segurança de redes Profinet através do uso de padrões e normas internacionais; e integração de redes Profinet e demais redes de controle baseadas em Ethernet, como OPC-UA e IEC61850, por exemplo.
“A migração das redes seriais para o padrão Ethernet é um caminho sem volta. As demandas globais de consumo clamam por processos produtivos ágeis, flexíveis e de alta disponibilidade. Os novos processos produtivos baseados em Industry 4.0 e a Internet das Coisas elevarão ao máximo a necessidade por redes de comunicação industriais capazes de suportar as necessidades das demandas globais. Neste sentido o protocolo Profinet foi desenvolvido e continua o seu processo de desenvolvimento de forma a superar as necessidades de comunicação e integração dos processos produtivos”, finaliza Santos.
Márcio Roberto dos Santos: Diretoria de Profinet.