A COESTER, especialista em soluções para automação de válvulas e sistema de transporte, com sede em São Leopoldo-RS, certificou uma interface PROFIBUS-DPV1 para utilização em seus atuadores elétricos, cuja aplicação atende às áreas de Saneamento, Óleo & Gás, Siderurgia, Mineração, Papel & Celulose, entre outras. O processo ocorreu no laboratório Forschungszentrum Informatik (FZI), na cidade de Karlsruhe, no sul da Alemanha.
Carlos Henrique Hennig, gerente de Engenharia, explica que nos ensaios do produto, geralmente realizados em três dias, são inicialmente verificados todos os parâmetros elétricos da interface e, se aprovado, passa para a execução dos testes de protocolo, quando são analisadas as respostas do dispositivo a todas as possibilidades de mensagem (todos os estados previstos no protocolo de comunicação). “Isto é feito de forma automática, através de um simulador de mensagens e um monitor de rede. O teste completo dura algumas horas, com pouca intervenção do operador e deve ser aprovado em todos os quesitos. Por fim, é feita uma avaliação de interoperabilidade com diversos dispositivos na rede e verificado se existe alguma interferência”, acrescenta.
Segundo o gerente, toda a competência do device foi desenvolvida internamente, pois a COESTER possui técnicos certificados em PROFIBUS-DP no Brasil, que têm experiência em projetos anteriores com o mesmo protocolo. “A PI, no Brasil e na Alemanha, nos apoiou em todas as etapas, as informações sempre foram claras e o processo como um todo correu conforme programamos”.
De modo geral, para a COESTER, desenvolver a inovação localmente reflete a preocupação da empresa com o controle do produto – uma estratégia para poder adequá-lo à real necessidade do cliente. “Sempre nos deparamos com requisitos característicos de operação e o domínio do produto nos permite uma modificação para o atendimento. Somos, atualmente, a empresa de atuadores elétricos no mundo que possui a maior gama de soluções de rede do mercado e, muitas vezes, a única fabricante que oferece alguns protocolos específicos”, destaca.
De acordo com Hennig, para 2019, está previsto o desenvolvimento de uma interface PROFINET modificando um hardware Ethernet que já utilizam para outros protocolos.