A escola SENAI Anchieta foi inaugurada em 1954, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, e seus primeiros cursos formavam torneiros e ajustadores mecânicos.  A vocação para Automação veio no final dos anos 1980, com os avanços da microeletrônica e, consequentemente, em resposta às novas demandas da indústria. “Para isto a Escola passou por uma primeira grande reforma, preparando-se para atender diferentes cadeias produtivas por meio da eletrônica voltada para a automação da manufatura”, conta o Prof. Augusto Lins de Albuquerque Neto, Diretor da Escola SENAI "Anchieta" e da Faculdade de Tecnologia SENAI "Anchieta".
 

Um dos novos laboratórios da Escola SENAI “Anchieta”.
 

Recentemente, a Unidade passou por uma segunda grande reforma que, segundo seu Diretor, permitiu mantê-la como referência tecnológica em eletrônica e automação da manufatura, implantar o curso superior de tecnologia em eletrônica industrial, ao lado da oferta dos cursos técnicos de eletrônica e mecatrônica, bem como dos cursos de formação inicial e continuada nas áreas de eletroeletrônica, automação, metalmecânica, tecnologia da informação, saúde e segurança no trabalho e gestão.

O Prof. Augusto destaca que novos ambientes foram proporcionados, a exemplo dos laboratórios de CAD/CAM e Projetos, este dividido em três ambientes para facilitar os trabalhos dos alunos e docentes. Dessa maneira, a unidade escolar passou a contar com os seguintes laboratórios totalmente atualizados tecnologicamente: Eletrônica Industrial, Eletrônica Analógica, Robótica Industrial, Máquinas-Ferramenta CNC, Automação Industrial, Pneumática e Hidráulica, Redes Industriais, Metrologia, Informática, CAD/CAM, Eletrônica Digital e Microcontroladores, Projetos + SMT + Manufatura, e Eletricidade.

Além disso, novos equipamentos de tecnologia de ponta foram incorporados por meio da atualização ou da implantação dos laboratórios, compreendendo a eletrônica, a microeletrônica, a automação e a tecnologia da informação, estendendo-se a rede estruturada de computadores para todos os postos de trabalho dos alunos, docentes e para a biblioteca. Dentre os principais artefatos tecnológicos incorporados aos laboratórios, o Prof. Augusto destaca: Instrumentação eletrônica para teste de circuitos eletrônicos; Instrumentação eletrônica computadorizada para medição de grandezas elétricas; Estações de retrabalho para componentes eletrônicos tipo SMD e PTH; Máquina para manufatura de circuito impresso; Kits didáticos para microcontroladores tipo 8051 e PIC; Kits didáticos para desenvolvimento de dispositivos lógicos programáveis; Medidores de potência, fase e fator de potência; Osciloscópios digitais; Sistema modular didático, para o ensino de automação da manufatura; Robôs industriais; Conjuntos de dispositivos eletrônicos para ensino de manutenção em CNC; Tornos mecânicos CNC; Centros de usinagem CNC; e Microcomputadores e programas computacionais específicos para todos os postos de trabalho dos alunos.

Nesse novo ambiente totalmente atualizado, a Escola SENAI "Anchieta" hoje oferece dois cursos técnicos, com dois anos de duração, articulados ou concomitantes ao ensino médio: o de Eletrônica, desde 1.989, e o de Mecatrônica, a partir de 2.000. “Ao longo de todos esses anos nossos alunos têm sido amplamente acolhidos pela indústria, trabalhando em projetos, instalação, manutenção e assistência técnica dos equipamentos e sistemas industriais automatizados”, orgulha-se o Diretor. 
 

Prof. Augusto: “Ao longo de todos esses anos nossos alunos têm sido amplamente acolhidos pela indústria”.

Já a Faculdade de Tecnologia SENAI "Anchieta" disponibiliza o Curso Superior de Tecnologia em Eletrônica Industrial, para a graduação de tecnólogos. E, na área de pós-graduação “lato sensu”, também conhecida como Especialização de nível superior, oferta os cursos: Sistemas Eletrônicos para Controle; Eletrônica de Potência para Sistemas Industriais; e Máquinas e Controle em Malha Fechada.

O Prof. Augusto ressalta os diferenciais no conteúdo dos cursos oferecidos. “Envolvem a tecnologia eletrônica que é a base dos equipamentos e sistemas modernos; ligam-se aos produtos e sistemas de automação industrial que, por sua vez, faz com que a eletrônica industrial penetre em, praticamente, todas as cadeias produtivas, principalmente nas regiões mais desenvolvidas do país; são causa e consequência do que se denomina Inovação Tecnológica, que está na raiz do processo de desenvolvimento atual”, pontua.

Além disso, o Diretor acrescenta que os laboratórios, bem como a totalidade dos recursos físicos, propiciam o desenvolvimento pleno do conteúdo formativo inserido nos Planos Pedagógicos dos cursos, na teoria e na prática. “Laboratórios e toda a estrutura da Unidade passaram por reforma modernizante, tanto em quantidade como em qualidade dos equipamentos”, confirma.
 

Todos os recursos físicos propiciam o desenvolvimento pleno do conteúdo formativo.
 

Vale destacar que o corpo docente possui sólida formação acadêmica, aliada à ampla vivência profissional no setor produtivo. “Este é o fator que, ao lado dos anteriormente citados, assegura a formação profissional dos nossos alunos com a tradicional marca do SENAI”, ressalta o Prof. Augusto.

Um ponto importante é a internacionalização das faculdades, que tem sido uma meta do SENAI de São Paulo, com reflexos também na Unidade “Anchieta”. Seu Diretor conta que, como exemplo de ação concreta neste âmbito, em agosto de 2015 foi assinado Protocolo de Intenções com o Ministério da Educação, Cultura e Ciências dos Países Baixos e com a Universidade de Ciências Aplicadas de Haia, instituição daquele país. O acordo visa o intercâmbio bilateral de estudantes e colaboradores e o desenvolvimento de projetos de pesquisa aplicada. “São atividades que podem resultar em ganhos de produtividade e competitividade para a indústria, à medida que nossos alunos, futuros profissionais da indústria, ampliam o nível de qualificação, adquirindo novas competências internacionais e vivenciando experiências em instituições de ensino superior de renomado conceito mundial”, frisa o Prof. Augusto. No passado, a Escola contou com o apoio do British Council para obtenção de cooperação tecnológica de instituições e empresas do Reino Unido, que colaboraram nos projetos dos laboratórios que deram suporte ao primeiro curso técnico de eletrônica do SENAI “Anchieta”.

Outro registro importante é que a Escola SENAI “Anchieta” mantém o perfil profissional dos seus formandos ajustado aos novos movimentos tecnológicos. “Para atuar no desenvolvimento, implementação e programação de dispositivos IoT (Internet of Things) é necessário um profissional de alto nível, com pleno domínio da Eletrônica e da Programação de dispositivos eletrônicos. Esta necessidade está em perfeita consonância com o perfil profissional do nosso aluno. Por outro lado, percebe-se que, para se estabelecer a Indústria 4.0 existe uma imensa necessidade de recursos eletrônicos. Para implantar e manter em funcionamento uma Indústria 4.0 é necessário ter profissionais responsáveis pelo desenvolvimento, instalação, programação e manutenção de equipamentos e dispositivos eletrônicos de elevada tecnologia. Também esta necessidade está em perfeita consonância com o perfil do nosso aluno egresso”, avalia o Diretor.

O Prof. Augusto recapitula que a oferta de cursos de formação inicial e continuada é uma forma de atender com agilidade e flexibilidade a indústria. “Nesse sentido, tanto podemos atender na Unidade ou in company, com cursos de qualificação, aperfeiçoamento e especialização profissional”, avisa.

Outra coisa importante: a oferta da Faculdade – curso de graduação e de pós-graduação – é inteiramente baseada nas demandas da indústria. Por isso, a Faculdade devota total prioridade ao relacionamento com a indústria, tanto para o recrutamento dos estudantes quanto para a sua colocação no mercado de trabalho, reforçando a necessidade de laços cada vez mais amplos e fortes com as empresas industriais.

“Aproveito esta oportunidade para deixar a Escola SENAI “Anchieta” e a Faculdade de Tecnologia SENAI “Anchieta” à disposição dessas empresas, especialmente daquelas que dependem da Eletrônica Industrial (seus artefatos tecnológicos, sistemas, operações, etc.) para qualquer ação comum no âmbito da educação profissional e tecnológica que venham ao encontro de suas demandas”, conclui o Prof. Augusto.