Com o número de nós IO-Link atingindo pouco mais de 51 milhões no final de 2023, vamos dar uma olhada mais de perto no que está por trás do sucesso dessa tecnologia. Não faz muito tempo, na hierarquia tradicional de automação, a comunicação só alcançava o nível do Fieldbus. Sensores e atuadores não são acessíveis diretamente pela rede porque esses dispositivos econômicos comunicam-se apenas com E/S digitais simples ou E/S analógicas simples.

Agora, com o IO-Link, sensores e atuadores no “Último Metro” são diretamente acessíveis porque utilizam comunicação serial bidirecional para dados cíclicos e acíclicos, em vez de apenas uma entrada ou uma saída simples.

Como a memória e o poder de computação ficaram realmente pequenos e baratos, estamos começando a ver dispositivos no mercado com muito mais capacidade. Agora é possível tornar um dispositivo inteligente – para que ele saiba, por exemplo, não apenas se uma caixa está presente ou não, mas se é uma caixa vermelha ou azul. O dispositivo pode até saber quantas caixas vermelhas passaram e quantas caixas azuis passaram. Mas você não vai colocar um chip Ethernet de $5 em um sensor de proximidade de $15. Não faz sentido. E é aí que entra o IO-Link. É uma tecnologia econômica e poderosa que fornece acesso a todos os dados disponíveis nesses dispositivos inteligentes.

O IO-Link não é um fieldbus, mas um protocolo de comunicação ponto a ponto simples. Em seu nível mais alto, o IO-Link consiste em quatro tipos de componentes: um Mestre, alguns Dispositivos, um conjunto de cabos IO-Link e um arquivo IODD para cada Dispositivo.

O Mestre é basicamente um gateway entre os Dispositivos e uma rede de nível superior, como o PROFINET, ou o Mestre pode estar integrado no PLC através de seu backplane. Os Dispositivos podem ser quase qualquer sensor, atuador ou indicador, e esses Dispositivos se conectam ponto a ponto ao Mestre usando um cabo não blindado e econômico. O arquivo IODD é análogo a um arquivo GSD porque descreve as características do Dispositivo IO-Link e é usado pelo Mestre IO-Link para parametrização do dispositivo. Uma característica muito interessante dos arquivos IODD é que eles estão disponíveis em um banco de dados centralizado chamado “IODD Finder”. Esses arquivos são acessíveis usando uma interface web ou uma máquina usando uma Interface de Programação de Aplicações.

A interface IO-Link consiste em 5 pinos com 2 Classes de Porta. A Classe de Porta A possui 2 pinos para Energia, 1 pino para Dados e 2 pinos são Reservados. Os Dados podem ser um sinal serial bidirecional ou um sinal digital simples. Esse sinal digital simples é usado para conectar dispositivos não-IO-Link e é chamado de Standard IO ou SIO.

A Classe de Porta B é a mesma que a Classe de Porta A, exceto que os 2 pinos Reservados são atribuídos a uma fonte de alimentação adicional. Essa fonte de alimentação adicional é útil para dispositivos que exigem mais potência, como atuadores lineares. Em qualquer caso, você usa um cabo IO-Link que pode ter até 20 metros de comprimento.

E essas são as razões por trás de seu sucesso. Simplicidade com facilidade de uso. Se você ainda não investigou o IO-Link, agora é a hora. É uma excelente forma de desbloquear todos os ótimos dados disponíveis nesses novos dispositivos inteligentes.

Conteúdo traduzido. Original disponível no site da PI.