A Pepperl+Fuchs Ltda. iniciou suas atividades no Brasil
em 1989 e, dois anos depois, inaugurou uma unidade
independente em São Bernardo do Campo para a
comercialização e o suporte aos clientes
de suas linhas de produtos FA (automação
de fábrica) e PA (automação de
processos).
Marcos A. Rocha, Diretor da empresa, afirma que a Pepperl+Fuchs
sempre participou ativamente das atividades do Profibus
International, sendo uma empresa pioneira na incorporação
de protocolos digitais em seus produtos, entre eles
o Profibus. “A Associação no Brasil
foi conseqüência dessa estratégia,
também com o intuito de difundir o uso de novas
tecnologias na América Latina” esclarece
Rocha, acrescentando que outros motivos levaram a empresa
a ingressar no quadro da entidade, tais como: a falta
de barreiras do mercado brasileiro ao uso de novas
tecnologias, a necessidade de modernização
do parque industrial brasileiro, e a constante busca
por soluções cada vez mais sofisticadas,
eficientes e economicamente acessíveis, o que
notadamente configura o perfil de consumo local.
A linha de produtos com tecnologia Profibus que a Pepperl+Fuchs
disponibiliza no mercado são várias e,
de acordo com o seu Diretor, todas relacionadas a interfaces
para elementos finais de controle ou logística.
Mais especificamente, na linha FA, a empresa fornece
desde sensores para comunicação de dados
a distância, cabeças de rede AS-i-Profibus,
diversos sistemas de identificação para
logística e movimentação de materiais,
leitores de código-de-barra, etc. Na linha PA,
a Pepperl+Fuchs colocou no mercado uma solução
completa para garantir segurança, disponibilidade
e flexibilidade nas instalações com Profibus
PA chamada FieldConnex, composta por série de
remotas para áreas classificadas e não-classificadas
com controle de falha segura e redundância para
controle de processos industriais, acopladores de segmento
DP-PA (SK1 e SK2) com conexões até 12
Mbs e variados acessórios como caixas de derivação,
proteção, isolação além
de cabos e conectores específicos.
Rocha destaca que, dentre as aplicações
de sucesso da empresa com Profibus, destacam-se, na
linha FA, os acopladores DP-AS-i e sistemas de identificação.
Já em PA, a linha FieldConnex, com os acopladores
de segmento SK1 e SK2 DP-PA e as remotas RPI.
O Diretor da Pepperl+Fuchs afirma que o Profibus na
Europa é indiscutivelmente líder de aplicações,
tanto na área de máquinas quanto de processo
(PA). “No Brasil faltam estatísticas oficiais
confiáveis e sem ‘bandeiras’ específicas. É fato
que muitas aplicações grandes estão
operando há muitos anos, tanto do ponto de vista
de automação corporativa quanto, e cada
vez mais, de chão-de-fábrica. Além
disso, vimos notando uma aceitação do
Profibus cada vez maior por clientes que intitulavam
suas aplicações como ‘críticas
demais para usar redes’”, explica. No seu
ponto de vista e em relação aos aspectos
tecnológicos, o Profibus é a solução
ideal para clientes que possuem diversas configurações
de controle dentro de uma mesma instalação,
isto é, máquinas e processos, devido à sua
flexibilidade quanto à conexão ao AS-i
e ao Profibus-PA, que juntos cobrem a maior parte das
aplicações industriais. “Mesmo
que esses diversos processos não estejam no
mesmo controlador, acredito ser um desafio desnecessário
a manutenção de múltiplos padrões
de comunicação dentro de uma mesma instalação,
devido ao custo de atualização do capital
humano e manutenção deste e da instalação
como um todo. No entanto, devo ressaltar que a opção
pelo protocolo deva ser resultado de uma análise
minuciosa das necessidades do processo e das capacidades
das redes oferecidas, como velocidade, capacidade de
tratamento e volume de dados, disponibilidade de controladores
e instrumentos, suporte técnico, além é claro,
de condições comerciais que tornem a
solução acessível ao ‘budget’ do
cliente”, ensina Rocha.
Ele avalia que as suas perspectivas sobre a aplicação
da tecnologia Profibus no mercado brasileiro são
exatamente do tamanho das possibilidades da economia
nacional. “Isto é, limitadas à vontade
de nossos políticos e à confiança
de nossos investidores, que podem ser muito próximo
de infinitas em comparação com o que
tivemos nas últimas duas décadas. O Brasil é o
país que está cada vez mais deixando
de ser o país do futuro para ser o país
do agora, e só depende da nossa capacidade de
dar prosseguimento ao trabalho técnico, econômico,
político e social dos últimos anos”,
conclui.
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